O Grande Terramoto de Lisboa de 1755 foi um marco muito importante na história de Lisboa e moldou a cidade para o que é hoje.
O Grande Terramoto de Lisboa foi um dos eventos mais mortíferos da história de Portugal. Matou cerca de 20% da população de Lisboa – mais ou menos 40000 pessoas – e destruindo grande parte da cidade bem como outras áreas de Portugal. Foi mesmo considerado um dos mais mortíferos terremotos da história.
Estima-se que o Grande Terramoto de Lisboa tenha sido de 8.4 na escala de Richter com epicentro no Oceano Atlântico a cerca de 200 km de Lisboa. A intensidade do Grande Terramoto de Lisboa foi tanta que há registo que a terra tremeu tão longe quanto à Finlândia e Norte de África e algumas fontes falam até da Gronelândia.
A data era 1 de novembro de 1755, a hora: 9:40 da manhã. Era um dia muito importante para a população cristã em Portugal: o dia de todos os santos.
No dia de todos os santos é o dia em que a população se juntava nas igrejas para rezar e celebrar a conexão espiritual com aqueles que tinham partido para o céu.Toda a gente teria velas acesas em casa e nas igrejas aos seus sites favoritos e muitas pessoas juntaram-se nas igrejas desde muito cedo de manhã para assistir à missa.
Impacto local
Quando o Grande Terramoto de Lisboa aconteceu a maioria das igrejas não conseguiram suportar a força do terramoto e uma das mais famosas – a Igreja do Carmo – vi o seu teto ceder e matar toda a gente estava a assistir à missa.
As pessoas começaram a correr para perto do rio em pânico pois perto do rio não haviam edifícios altos que podiam colapsar. Infelizmente o que essas pessoas não sabiam era que a destruição estava longe de acabar.
Logo a seguir ao Grande Terramoto de Lisboa as pessoas que estavam junto ao rio notaram que as águas estavam a baixar mostrando o lodo carregado de embarcações que outrora tinham naufragado. Cerca de 40 minutos depois do Grande Terramoto de Lisboa, Portugal foi atingido por um tsunami e Lisboa em particular viu mais uma grande parte da sua população para ser arrastada pela pela onda.
O Grande Terramoto de Lisboa foi tão intenso que há registros que as zonas do tsunami tenham chegado tão longe como a ilha de Barbados e a Irlanda. Em Portugal as ondas causaram grande destruição em todas as cidades costeiras e também nos Açores e na Madeira.
Como se tudo isso não fosse suficiente, lembram-se quando eu mencionei que toda a gente tinha velas acesas em casa e nas igrejas para celebrar os seus santos? Pois… essas velas caíram a cidade pegou fogo. O fogo foi tão forte que foi designado de tempestade de fogo.
Então, para resumir: o Grande Terramoto de Lisboa não só foi um terremoto como também um tsunami e uma tempestade de fogo.
Reconstrução de Lisboa pós terramoto
Depois do Grande Terramoto de Lisboa, Marquês de Pombal – o então primeiro-ministro – foi o responsável pela reconstrução da cidade. Uma das frases mais icônicas do Marquês de Pombal foi “enterrem os mortos e curem os vivos”. Depois das ruínas da cidade terem sido limpas dos corpos dos mortos esses foram enterrados no mar junto à foz do rio Tejo. Porquê? Porque existiam demasiados mortos e muito pouco tempo antes que a doença começasse a espalhar pela cidade – e a reconstrução da cidade começou.
Marquês de Pombal desenvolveu o que hoje chamamos de Gaiola Pombalina. É uma espécie de gaiola feita de madeira, construída dentro das paredes dos edifícios. Madeira essa que ao ser mais elástica tem maior probabilidade de sobreviver a outro terremoto.
Após o Grande Terramoto de Lisboa, a baixa de Lisboa foi completamente reconstruída com esta técnica. Ao andar pela baixa da cidade pode-se notar que os edifícios dentro de um bloco têm todos o mesmo número de andares, janelas e varandas. A razão para isso, é porque o bloco é construído com a Gaiola Pombalina em vez de serem edifícios individuais. A baixa de Lisboa foi a primeira a ter sido construída completamente com tecnologia anti-sísmica.
Lisboa é uma cidade incrível, cheia de vida e história. Conheça a capital Portuguesa na perspectiva de um guia de Tuk Tuk.